quarta-feira, 16 de maio de 2012

Braille Fácil. É fácil mesmo?

Braille Fácil. A ferramenta mais usada na transcrição de textos para o Sistema Braille.


Em toda minha experiência no apoio aos cursos do IBC e em outros lugarem em que dei aula, me deparei com muitas pessoas questionando a "simplicidade" do programa. Os alunos do curso, turma após turma, ano após ano,  destacam a dificuldade em se transcrever usando o programa, as dificuldades em entender os comandos, a dificuldade em se trabalhar com a visualização em braille, etc.

Bom, pra início de conversa, o programa nada mais é que um editor de texto voltado para transcrição, ou seja, usando os conhecimentos de Braille junto com conhecimentos básicos de edição de textos, pode-se transcrever sem problemas. A questão está justamente aí: nem sempre o profissional domina o básico de uma, ou de outra área do conhecimento.

Trocando em miúdos: de nada adianta ter muito conhecimento do braille sem ter o mínimo de conhecimento em informática e vice-versa.

Estabeleço aqui então uma de minhas prioridades no blog: esclarecer dúvidas sobre a utilização do programa e sua aplicação na transcrição.

Vamos ao Básico:

O Braille Fácil funciona como um simples editor de textos, o que diferencia de um editor de texto comum são os comandos que servem para as mais diversas funções (todas pertinentes ao Braille). Reconheço que, num um primeiro contato, o profissional pode se confundir com a apresentação do texto na tela e a visualização.

Apresentação do texto na tela:


A apresentação do texto (a ser transcrito) na tela é o primeiro estágio do trabalho. Nele, podemos digitar e editar o texto assim como inserir os comandos para formatação (Braille). É importante entendermos que independente da formatação (texto na tela) , o que realmente importa é a impressão em Braille que podemos visualizar antes de imprimirmos no papel e/ou clichê.

Visualização da impressão em Braille:




A impressão em Braille pode ser visualizada no programa, exatamente como será no papel. Aqui sim, temos que observar a correta transcrição. A visualização não permite edição, só podemos editar o texto na tela.


Esse é o "básico do básico" mas com certeza já tira a dúvida de muita gente. Daqui pra frente vou postar o passo a passo e alguns "causos" da minha experiência na transcrição.

Transcrever no Braille fácil não é tão fácil assim, mas também não é nenhum bicho de sete cabeças. Também não sou dono da verdade, conheço inúmeras experiências fantásticas que, com certeza, compartilharei.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Apresentações! Um pouco sobre o trabalho.

Olá pessoal. Me chamo Thiago Ribeiro Duarte, tenho 31 anos, sou professor de Educação Artística, formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e há 8 anos trabalho na Educação Especial, mais precisamente na elaboração de material didático para deficientes visuais.

Comecei a minha caminhada no ano de 2003 no Instituto Benjamin Constant onde fiz o meu primeiro curso de Braille. No mesmo ano comecei a prestar serviços de transcrição Braille na Divisão de Imprensa Braille do IBC onde fiquei por 6 anos. Nesse período, fiz diversos cursos e oficinas onde me especializei no assunto e desenvolvi uma série de trabalhos que foram direcionados tanto para a instituição quanto para o MEC através do PNLD.

Devido à minha predisposição natural para fazer desenhos e representações gráficas, comecei a pesquisar e experimentar novas maneiras de fazê-los no ambiente tátil.

No fim desse período, mais precisamente em meados de 2009, comecei a prestar consultoria, nos assuntos que tangem o Sistema Braille, para a Acessibilidade Brasil. Concomitantemente, junto com a Acessibilidade Brasil e o IBC, contribuí para a elaboração do programa MONET. O programa é uma importante ferramenta para a geração de gráficos táteis a serem usados na transcrição de textos para o sistema Braille.
No fim do ano de 2009, passei a prestar serviços para o IBC como designer gráfico, atuando na adaptação de material didático e apoio aos cursos de formação de professores e de transcrição oferecidos pela instituição. Nessa época fui contratado como consultor especialista pela OEI para atuar na adaptação de livros do PNLD 2009/2010/2011.

Atualmente, estou envolvido no PNLD 2011/2012/2013, mais precisamente dando suporte aos transcritores, monitorando suas atividades e fazendo a ponte entre os professores do IBC e o corpo técnico da DIB.

Todos esses anos de experiência e dedicação a este trabalho culminaram com meu interesse em desenvolver um trabalho mais cientifico voltado para confecção de gráficos táteis.
Sou aluno do curso de pós-graduação "Educação Especial na Perspectiva da educação Inclusiva" na UERJ desde meados de 2011 onde tive contato com diversos profissionais de outras áreas, mas todos dentro da Educação Especial e/ou Inclusiva.

Espero que com esse espaço possa ajudar as pessoas que, assim como eu, trabalham para pluralizar a educação.

Segue abaixo alguns links úteis para transcrição Braille:

Braille Fácil 3.4
MONET

Vídeo institucional do IBC sobre a produção: